O que define um ambiente profissional seguro para pessoas negras?

Thumb do quarto episódio da websérie 'Caminhos pela Equidade Racial'. A ilustração contém uma foto de Adriana Couto, que aparece à esquerda e à frente de uma esfera azul. Aparecem, à direita, os títulos da série e do episódio ('Ambiente seguro: trabalho de enfrentamento ao racismo').

Quais fatores são necessários para a criação de um ambiente seguro para pessoas negras? O que é necessário colocar em prática para transformá-lo em um espaço para o crescimento de profissionais desse grupo étnico-racial? E, desse modo, evitar que lá sejam reproduzidas estruturas de exclusão sociorracial?

A reflexão sobre esse tópico é o fio condutor do quarto episódio do quarto episódio de Caminhos pela Equidade Racial, websérie da Fundação Tide Setubal, por meio da Plataforma Alas, com desenvolvimento da Bonita Produções.

Ao ter apresentação da jornalista Adriana Couto, o programa retrata como organizações podem estruturar ações concretas para enfrentar o racismo institucional. Essa mesma lógica passa por prevenir violências e construir espaços verdadeiramente diversos, saudáveis e respeitosos.

Ao partir da premissa de que a promoção e a manutenção da equidade passam também pela forma como cada pessoa se sente nos espaços que ocupam, o debate sobre a criação de um ambiente seguro para pessoas negras conta com as participações das seguintes pessoas convidadas:

Arquitetura de um ambiente profissional seguro para pessoas negras

Durante o episódio sobre a criação de um ambiente seguro para pessoas negras, Viviane Soranso destacou a sub-representação desse grupo em espaços decisórios.

Apesar de pessoas negras totalizarem 55,5% da população brasileira, segundo dados do Censo 2022, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a sub-representação delas em postos de liderança é gritante. A saber, menos de 10% (9,7%) de lideranças estão em postos de lideranças, a partir de gerência executiva, segundo levantamento da consultoria Diversitera.

Viviane Soranso destaca, então, para o fato de que diferentes métricas precisam entrar na equação nesse cenário. “Estamos olhando para diferentes aspectos em relação ao acesso. Um deles é a própria contratação de pessoas negras para os diferentes cargos que aquela instituição tem.” Essa lógica envolve, também, a contratação de pessoas e empresas fornecedoras – cuja dinâmica pode também reproduzir vieses.

Ainda assim, outro aspecto tem peso significativo quando se fala na criação de um ambiente seguro para pessoas negras. “Outra questão é a questão salarial. Como estão as diferenças de salário em relação a, por exemplo, uma pessoa branca e uma pessoa negra? Elas recebem o mesmo salário, realizando as mesmas funções? Esse é outro olhar importante dentro desse compromisso”, reforça Soranso.

Saiba mais

Para analisar mais informações sobre a criação de um ambiente seguro para pessoas negras, assista ao quarto episódio da websérie Caminhos pela Equidade Racial no Enfrente, o nosso canal no YouTube.

Confira também os materiais complementares disponíveis neste link. Acesse também, enfim, o site da Fundação Tide Setubal para acompanhar mais ações com foco no combate ao racismo.

Texto: Amauri Eugênio Jr.

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